INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ
DEPARTAMENTO DE ARTES
LICENCIATURA EM TEATRO
DISCIPLINA: ATOR INTÉRPRETE
PROFESSOR (A): Paulo Ess
ALUNA: Maria Cláudia Costa
DATA: 13/03/2019
PARTE
I: Exercícios Físicos
É
preciso ter mais do que conhecimento para ensinar. É necessário um olhar pedagógico para saber repassar o conteúdo,
senão fica parecendo aquele professor que sabe demais para si, mas não consegue
repassar o que sabe. Talvez seja isso que o narrador quer dizer sobre os trajes,
maquiagem exagerada, caretas e gestos artificiais.
O
corpo precisa estar vivo ao interpretar, igualmente ao homem quando tem que
fazer suas tarefas diárias como ir ao trabalho, caminhar, correr ou sair, para
tanto é primordial o mínimo de preparo físico. Para atuar não é diferente,
contudo, é essencial ir além, colher informações, pesquisar o que melhor servirá
para a composição da personagem e praticar os exercícios fundamentais para o
corpo.
PARTE
II: Melhorando o Corpo
Se
levarmos as palavras de Tórtsov a sério, tornar-nos-emos atores bem melhores:
As pessoas em geral não
sabem como utilizar o aparelho físico com que a natureza as dotou - disse. -
Não sabem como desenvolver esses instrumentos nem como mantê-los em ordem.
Músculos flácidos, postura má, peito encovado são coisas que vemos
continuamente à nossa volta. Demonstram insuficiência de treino e inépcia no
uso desse aparato físico. (p. 70-71)
O
texto versa acerca da prática de exercícios que estimulam o corpo, os músculos daqueles
que os prática. Particularmente só posso concordar, como exemplo posso citar a
minha pessoa durante a semana. De segunda a quinta não pratico nenhum exercício
físico e passo os dias cansada e cheia de dores pelo corpo inteiro. Na sexta
tenho aula de Ator Performer e sempre
penso do mesmo jeito, que não conseguirei fazer a aula e ficarei pior do que já
estou. Todavia, é o contrário, ao final estou mais viva, com mais coragem e
revigorada. Bem que todas as aulas poderiam ser mescladas entre um período de
exercícios/alongamentos e outro com aulas teóricas.
O
narrador ainda ressalta acerca do corpo exagerado dos fisiculturistas. Esses
não são bem vindos ao palco, no entanto, não significa que não possam estar lá,
mas não é isso que ele procurando e sim, atores vivos, firmes e bem plantados
no palco.
Para
ele há detalhes mais importantes que outros dos quais realmente devemos nos
preocupar, como pernas finas, pois outros um bom desenhista, figurinista, alfaiate
e um sapateiro podem contornar.
PARTE
III: Existem Atores e Atores
Não
sei se um palhaço é um ator, provavelmente seja, talvez por isso fez essa
comparação. Um ator não deve ter medo antes da execução, se tiver que ir, vai e
pronto, arrisca, improvisa, mas não deixa o público perceber que tem algo
errado, daí a qualidade de decisão.
É exatamente isso que o
ator tem de fazer quando chega ao ponto culminante do seu papel. Em momentos
como aquele em que Hamlet diz: 'Ora, o veado ferido que vá chorar' ou Otelo exclama:
'Oh, sangue, sangue!' o ator não pode parar para pensar, duvidar, pesar
considerações, aprontar-se e pôr-se à prova. Tem de agir. Tem de executar o
salto a todo pano.
(p. 73)
Com
essas palavras ele dá a impressão de que acidentes são bem vindos, mas na
verdade apenas quer dizer que se quero parecer real devo me entregar por
inteiro, pois incidentes acontecem previsíveis ou não, mas é preciso a todo
custo conversemos a plateia que o que ela está assistindo é verdade.
Particularmente, eu ainda estou longe dessa entrega, somente consigo ir até um
certo ponto e dele não passo, não sei se é medo, vergonha ou falta de preparo,
talvez com o tempo eu melhore e consiga agir como uma atriz deve agir.
PARTE
IV: A Coluna Vertebral
Um
gesto pela metade não serve para apresentarmos ao público, porque se não deixaremos
a desejar e todos percebem o que está acontecendo. Além de apostar nos vários
exercícios físicos como ginástica, caminhada, corrida, fisiculturismo, esgrima...
também podemos asseverar na dança que é uma importante aliada para deixar o
corpo ereto.
De
acordo com Stanislavski: Igualmente importante para a plasticidade e
expressividade do corpo é o desenvolvimento das extremidades dos braços e das
pernas, pulsos, dedos, tornozelos. (p. 77)
Com
isso, ele demonstra a importância da coluna vertebral, visto que essa que
controla todos os movimentos do ser humano. Fazendo uma relação com Luís Otavio
Burnier em sua obra A Arte do Ator que
versa que todos os sentimentos, gestos e ações físicas devem partir da coluna
vertebral. Ainda podemos citar como referência aulas de Voz Falada com professor Danilo Pinho que afirma que precisamos
manter a coluna ereta não só para manter uma postura ereta, mas para facilitar
a saída da voz. Seja de pé, na posição de Cachoeira, deitada ou na posição
fetal, a coluna estando bem retilínea a impostação da voz será bem mais
intensa.
Com
isso, podemos concluir que não é apenas o corpo que privilegiamos com essa
posição, mas também o diafragma que produz a voz e a respiração.
PARTE
V: Descrição
E por fim ele faz um comentário muito
bem fundamentado sobre o trabalho de descrever seja uma paisagem, alguém ou
lugar.
Descrevendo o aspecto
exterior de alguém, a forma de um objeto, o contorno de uma paisagem, tinha um jeito
espantosamente vivo de externar o que lhe ia pelo cérebro. Por exemplo, ao
descrever o ambiente doméstico de um amigo que era ainda mais gordo do que ele
próprio, podia-se vê-lo transformar-se, aos nossos olhos, numa escrivaninha
bojuda, um guarda-roupas abaulado ou uma poltrona super estofada. Assim
fazendo, não copiava os objetos propriamente ditos, mas reproduzia a sensação
de costuras prestes a se romper. (p. 80)
Descrever me lembra muito contar
histórias, a diferença está na riqueza de detalhes, quanto mais esmiuçado forem
as particularidades, mas fácil será do público fantasiar o que estar ouvindo e
embarcar na narrativa.
Referências
Bibliográficas
Stanislavski, Constantin. A construção
da personagem; tradução Pontes de Paula Lima. - 10' ed. - Rio de janeiro: Civilização
Brasileira, 2001.
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