domingo

Ana Mae, Pioneira no Ensino da Arte-Educação no Brasil

INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ
DEPARTAMENTO DE ARTES
LICENCIATURA EM TEATRO
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO EM TEATRO
PROFESSOR: Paulo Ess
ALUNO: Leandro Chavez, Maria Cláudia Costa




         Além de precursora da Pós-graduação em Arte-Educação no Brasil, também pioneira da Arte-Educação fala acerca de uma Educação sem arte, sem a mínima preocupação de desenvolver o pensamento crítico do aluno, fazendo com esse apenas reproduza o que está sendo ensinado, como se fosse uma equação matemática que já tem fórmula pronta para se chegar a um resultado definido, podendo assim, classificarmos como a educação para a obediência, isto é, o aluno apenas repassa o que recebeu em sala e/ou também fora dela. A partir dessa visão, a mesma criou e passou a defender uma teoria criada por si que é "abordagem triangular para o ensino das artes". O que isso significa? Essa abordagem é norteada pela concepção de que precisamos, a todo momento, estarmos nos direcionando a arte, falando, vivendo e respirando, mas acima de tudo, repassando esse aprendizado. Contudo, não de forma desequilibrada, mas sim, sustentada sobre o tripé: contextualização histórica, apreciação da obra e o fazer artístico. Para isso, observar, refletir e exprimir são pontos essenciais para quem deseja estudar e/ou ensinar arte.
         Ana Mae prova em pesquisas e números a importância do ensino de Artes para o desenvolvimento humano e eficiência educativa quando ligada a outras ciências, isto é, usar a interdisciplinaridade é importantíssimo para que o ensino tenha um alto de nível de desenvolvimento e aprendizagem. Por exemplo, quando ligamos o desenho das engenharias com o as Artes Visuais, levamos o sujeito a desenvolver melhor seu lado cognitivo. Cita, ainda, a conclusão de que as Artes desenvolvem até a inteligência medida pelo teste QI, que vem a ser uma parte da inteligência, denominada inteligência racional.
         Pesquisas demonstraram que o estudo de Desenho aumenta a qualidade de organização da escrita; a análise da Arte propicia a capacidade de leitura mais sofisticada, interpretação de textos e inter-relacionamento de diferentes conteúdos escritos. E provando com números de pesquisa a transferência de cognição em Teatro para outras áreas foi quase cinco vezes maior, com jovens de Ensino Médio. Foram identificados uma maior compreensão da leitura oral de textos, maior compreensão do discurso oral em geral, capacidade de escrever com eficiência e prolixidade, habilidades de resolução de conflitos, concentração de pensamento e habilidades para compreender as relações sociais. Desta forma, se faz necessário pensar sobre o que diz a autora sobre a retirada de disciplinas de Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia para reformar o ensino médio: "Retiram justamente as disciplinas que desenvolvem a capacidade crítica dos jovens. Com o objetivo de formar uma geração facilmente manipulável."
         Sobre a formação política educacional cita a autora: "Queremos escola que leve os alunos a desenvolver seus próprios valores políticos e ideológicos, e forme seres humanos que combatam pelo menos a barbárie da escravidão".
         Defendendo assim uma Escola sem partido sim, sem PMDB, sem o perigo de desvios com o dinheiro da merenda escolar. Refere-se à fase atual política sobre uma "onda de obscurantismo", que censura exposições referente ao sexo e busca apoio político em um ícone da pornografia. E brada que cassar o título de Patrono da Educação Brasileira de Paulo Freire é creditar a lamentável incapacidade que nós temos de valorizar nosso patrimônio cultural. Paulo Freire é leitura obrigatória em Harvard. E no Brasil querem destitui-lo.


Referências Bibliográficas

Disponível em: <https://www.extraclasse.org.br/edicoes/2017/11/educacao-sem-arte-educacao-para-a-obediencia/> Acesso em: 28 ago 2018. Entrevista Jornal Extra Classe

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