sábado

DISCIPLINA ATOR NARRADOR - PROTOCOLO Nº 9

Hoje, retomamos o texto visto na última aula “O que é o teatro épico?” De Walter Benjamin. Do qual a professora extraiu uma passagem para encenarmos em sala.

Divisão de grupos. Três pessoas em cada.

Falta o estranho?

O texto versa acerca de uma cena, uma família, a mulher estar prestes a atacar a filha e o marido atônito só pensa em chamar a polícia. No meio dessa confusão, aparece a figura de um estranho.

No nosso caso, o estranho poderia ser qualquer um.

Tivemos que fazer várias improvisos, pois não tínhamos o travesseiro nem  a janela.

Agora, era hora de acordar com corpo.

Escolhida a história, entramos em cena.

Abre aspas “eu não tenho dúvidas da minha escolha pelo curso, mas preciso entender que se entregar a personagem é fundamental para o meu futuro teatral”, fecha aspas.

A cena começa. Em um ponto exato, o estranho adentra a cena. A família para a briga. Depois disso, dar-se um outro acontecimento.

O estranho é percussor de um conflito dentro de outro.

A meu ver, o estranho não interrompe no clímax. A entrada serve de quebra para a mudança de contexto, nem ao menos sei nomear em que parte ele entra.

A filha ao ser agredida, por vezes, percebi que queria pedir ajudar, outras vezes, concordava com a situação e ainda em outras, não sabia reagir.

A filha deve aproveitar a oportunidade.

O pai de início deveria ter um comportamento passivo, mas dependendo da situação, ele reagia.

Na vida real, o estranho poderia ser agredido ou suportado, porque ninguém gosta de pessoas metidas, principalmente quando estamos fazendo algo errado.

Para o teatro, desfazer o jogo tem que ser feito de acordo com o tipo de estética que está sendo abordada. Nesse caso, o jogo se desfaz na direção do estranho.

Em algum momento, surgiram quatro estranhos diferentes, fazendo a mesma pergunta. Com o tempo, o estranho passou a ser alguém conhecido, não íntimo, mas esperado.

Esse tipo de cena não tem um início definido. Todavia, começar do ápice é o melhor ponto de partida para a entrada do estranho.

Quem é o estranho? Onde se passa a cena? Por que o estranho causa medo?

Não sabemos quem é o estranho, mas sabemos que ele pode frustrar nossas intenções.

A figura do estranho causa estranhamento, por ser algo diferente no ambiente, daí ele ter um momento certo para entrar se não não ocorrerá o estranhamento necessário para a mudança de foco.
No dia a dia quem é o estranho?

Para Tableau, o estranho ver um quadro por um lapso de tempo e volta com outra ideia, pensativo de algo acontecido com ele ou que ele presenciou.

A esse teatro cabe interromper e não resolver o problema sem resolução. Não tem catarse, alívio ou solução.

Podendo também apresentar a figura do distanciamento, porque ver a situação e pode narrar, mas não entendo esse contexto.

Concepção pessoal sobre a cena.

Ficou definido que a cena era trágica, talvez o contexto em que ela aparece nos remeta a essa certeza, mas ainda consigo vê-la como uma brincadeira de família.

Em relação ao estranho, ele pode ser tratado de duas formas: com brutalidade ou naturalmente.

No caso, se eu fosse à mãe e aparecesse um estranho, com certeza, gritaria com ele.
Ao contrário, se eu fosse o estranho, passaria direto.

Gesto

Gestus é um termo elaborado pelo dramaturgo e encenador alemão Bertolt Brecht (1898-1956) para discriminar a qualidade da representação de determinadas expressões humanas no palco, não é apenas a simples gestualidade, mas a possibilidade de criar atitudes genéricas que os gestos podem demonstrar (Thomson, 1994, pg.72)

Não consegui encontrar uma definição satisfatória para as terminologias: Movimento e Ação.

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