Hoje, retomamos o texto visto na última
aula “O que é o teatro épico?” De Walter Benjamin. Do qual a professora extraiu
uma passagem para encenarmos em sala.
Divisão de grupos. Três pessoas em cada.
Falta o estranho?
O texto versa acerca de uma cena, uma
família, a mulher estar prestes a atacar a filha e o marido atônito só pensa em
chamar a polícia. No meio dessa confusão, aparece a figura de um estranho.
No nosso caso, o estranho poderia ser
qualquer um.
Tivemos que fazer várias improvisos,
pois não tínhamos o travesseiro nem a
janela.
Agora, era hora de acordar com corpo.
Escolhida a história, entramos em cena.
Abre aspas “eu não tenho dúvidas da
minha escolha pelo curso, mas preciso entender que se entregar a personagem é
fundamental para o meu futuro teatral”, fecha aspas.
A cena começa. Em um ponto exato, o
estranho adentra a cena. A família para a briga. Depois disso, dar-se um outro
acontecimento.
O estranho é percussor de um conflito
dentro de outro.
A meu ver, o estranho não interrompe no
clímax. A entrada serve de quebra para a mudança de contexto, nem ao menos sei
nomear em que parte ele entra.
A filha ao ser agredida, por vezes,
percebi que queria pedir ajudar, outras vezes, concordava com a situação e
ainda em outras, não sabia reagir.
A filha deve aproveitar a oportunidade.
O pai de início deveria ter um
comportamento passivo, mas dependendo da situação, ele reagia.
Na vida real, o estranho poderia ser
agredido ou suportado, porque ninguém gosta de pessoas metidas, principalmente
quando estamos fazendo algo errado.
Para o teatro, desfazer o jogo tem que
ser feito de acordo com o tipo de estética que está sendo abordada. Nesse caso,
o jogo se desfaz na direção do estranho.
Em algum momento, surgiram quatro
estranhos diferentes, fazendo a mesma pergunta. Com o tempo, o estranho passou
a ser alguém conhecido, não íntimo, mas esperado.
Esse tipo de cena não tem um início
definido. Todavia, começar do ápice é o melhor ponto de partida para a entrada
do estranho.
Quem é o estranho? Onde se passa a cena?
Por que o estranho causa medo?
Não sabemos quem é o estranho, mas
sabemos que ele pode frustrar nossas intenções.
A figura do estranho causa
estranhamento, por ser algo diferente no ambiente, daí ele ter um momento certo
para entrar se não não ocorrerá o estranhamento necessário para a mudança de foco.
No
dia a dia quem é o estranho?
Para Tableau, o estranho ver um quadro por um lapso de tempo e volta com
outra ideia, pensativo de algo acontecido com ele ou que ele presenciou.
A esse teatro cabe interromper e não
resolver o problema sem resolução. Não tem catarse, alívio ou solução.
Podendo também apresentar a figura do
distanciamento, porque ver a situação e pode narrar, mas não entendo esse
contexto.
Concepção
pessoal sobre a cena.
Ficou definido que a cena era trágica,
talvez o contexto em que ela aparece nos remeta a essa certeza, mas ainda
consigo vê-la como uma brincadeira de família.
Em relação ao estranho, ele pode ser
tratado de duas formas: com brutalidade ou naturalmente.
No
caso, se eu fosse à mãe e aparecesse um estranho, com certeza, gritaria com
ele.
Ao
contrário, se eu fosse o estranho, passaria direto.
Gesto
Gestus é um termo elaborado pelo
dramaturgo e encenador alemão Bertolt Brecht (1898-1956) para discriminar a
qualidade da representação de determinadas expressões humanas no palco, não é
apenas a simples gestualidade, mas a possibilidade de criar atitudes genéricas
que os gestos podem demonstrar (Thomson, 1994, pg.72)
Não
consegui encontrar uma definição satisfatória para as terminologias: Movimento
e Ação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário