No
esquete que foi adaptado a partir da obra A
bailarina traz em seu início a música “O xote das meninas” remetendo
a menina que já deseja ser mulher e nesse entremeio a personagem principal é
pedida em casamento, mas a mãe torna-se um empecilho por conta das características
pessoais do noivo.
A
narrativa teve como uma de suas temáticas principais a valorização do status,
isto é, aquele que vem da capital, seja ele quem for, é melhor que aquele que tem
seu caráter conhecido desde sempre, mas que é sertanejo, que a vista de muitos,
não tem o que oferecer.
Toda
mãe pretende o melhor para os filhos. Dessa forma, a mesma não quer um qualquer
para genro, então passa a exaltar as qualidades de sua filha e com isso,
consegue separar o casal apaixonado.
Entretanto,
toda moeda tem dois lados. Tempos depois, o sertanejo, que fora sempre olhado
de cima para baixo, retorna com uma posição definida e traz consigo a
reviravolta da encenação. Aquele que parecia não ter futuro volta em busca
daquele que, por ter vindo da capital, parecia ser um bom homem, mas na verdade
era um desertor. A vista disso, a mãe
ambiciosa não teve outra coisa a fazer, a não ser reconhecer e consentir o
casamento.
Moral
da história: nem tudo que parece é. Não se deve julgar o caráter pela
aparência. Costume visto muito nos interiores onde os pais queriam casar as
filhas com homens de nome, mesmos sem saber sua procedência. Enquanto descartavam
o homem trabalhador, por julgar não ter estudo.
Ocorria
com frequência no interior de décadas passadas, mas não significa que deixou de
ser prática recorrente.