Marco zero, é
assim que defino meu 2017. Apesar de já ter feito muitas coisas na vida, nunca
vivi tanto em 33 anos como vivi esse ano. Fiz coisas inimagináveis, que achava
não ser capaz de fazer, primeiro porque a armadura que criei não me permitia,
bem como o peso e a falta de vontade.
Só esse ano,
consegui dimensionar o verdadeiro significado da palavra felicidade. Até o
final de abril, quase nada havia mudado, mas de maio em diante, descobri o que
quero fazer para o resto da vida, não sei bem se é apenas isso, mas sei que
isso também está incluído: teatro.
Dei início sem
dizer nada a ninguém, porque poderia ser fogo de palha, mas precisou apenas de
uma aula pra saber que é isso que quero. Pena que dá minha casa, só minha mãe
me apoia, mas também não preciso do apoio dos outros. Minha irmã implica, não
quer que eu faça, não sei o motivo, mas também não me interessa. Deixei de me
preocupar com a opinião dos outros há muito tempo.
Outra coisa que
queria muito e fui atrás, foram às aulas de técnica vocal, quero cantar. Hahaha
😂😂😂. Mas de início,
teve um entrevero com o professor. Procurei muito, mas todos que encontrava, o
valor era muito elevado, até que um dia do nada minha mãe me mostrando uns
panfletos, lá estava um anúncio de uma escola de música há duas ruas da minha
casa e o melhor, com mensalidades baratinhas, mas como nada é perfeito... Então
fui. Todavia na primeira aula, estavam eu, uma mocinha de uns 14 anos e um
cantor profissional, então o professor fez um teste e como eu não tinha noção
nenhuma me mandou sentar e ali eu fiquei, fui embora com ódio. E ainda nesse
primeiro contato, ouvi dele algo que nenhum professor deve dizer, que a melhor
idade para aprender a cantar era a idade daquela jovem. Depois disso, tornei a
procurar outros lugares, mas quando lembrava que aquele era perto da minha casa
resolvi voltar.
Um dia, teve uma
apresentação na praça e eu gostei muito, assim não tive mais dúvida, voltei. Só
que agora em um horário sozinha. De três horas semanais ficaram duas, mas pra
mim estava muito bom. Foram três meses de tortura pra mim e para o professor. Para
ele, porque fez tudo que era possível pra eu desenvolver, mas não deu muito
certo. Ás vezes, eu fazia tudo direito, mas outras, parecia que eu voltava a
estaca zero. Até que ele passou a dizer que se com três meses o aluno não
desenvolvesse, ele daria um tempo e mandaria o aluno procurar outros meios. Também
descobri que tenho ouvidos muito prejudicados, porque não consigo reconhecer os
tons das notas tocadas e nem escutar meus próprios erros. Isso fez com que cada
aula, em vez de ser prazerosa como as de teatro, virassem tortura. Então não retornarei
depois das férias. Não vou desistir de aprender a cantar, até porque penso ter
melhorado muito, mas quero experimentar novos horizontes.
Quantas pessoas eu
conheci esse ano. De primeiro, saia com meus amigos e eles sempre encontravam
várias pessoas e eu sempre naquele ciclo fechado, mas agora não. Como eu expandi
meus conhecimentos e por isso sou muito grata a Deus.
Voltei a
ensinar, isso foi muito bom pra mim. Conviver com os alunos que outrora eu
pensei que me detestavam. Pena que sempre tem algo para atrapalhar. Não tem
como conviver com alguém que adoece os outros psicologicamente. Eu vi nela o
retrato daquela Cláudia: mesquinha, rabugenta e reclamona, tudo que jamais
quero voltar a ser.
Em relação às
vendas, graças a Deus melhorou um pouco, mesmo com as dificuldades que o país
vem passando. Ainda não está como eu desejo, mas vou conseguir reerguer meu
negócio e expandi-lo.
E a virada do
ano foi a melhor, pois passamos na casa do meu tio com a família toda reunida é
muito feliz.
E o que falar de
mim, vestindo 38, pesando 75kg, voltei a academia, mesmo não gostando, e mais
sorridente. Sei que ainda há um longo caminho a percorrer, mas estou disposta. Enfim,
um dia de cada vez, superando obstáculos e sendo feliz, levando amor ao próximo
e desejando a todos apenas o que quero para mim.
P.S.: Ter
revertido à decisão do hapvida no caso do cancelamento do meu plano, foi uma
vitória muito grande para mim, porque ter ido atrás de justiça foi algo que em
outro momento teria deixado para lá.
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