segunda-feira

Espetáculo Trinta e Duas

A turma do CPBT 2016/2017 entrou em cena com a peça 32, que narra à história de Eunice, desde a infância até a vida adulta, com suas alegrias e medos. Passando da menina assustada à mulher valente, que enfrenta a morte para defender seus ideais.

Nos anos de 1930, Eunice começa a rabiscar sua história. Com sua irmã divertiam-se caçando calangos e assim eram felizes. Todavia, no ano de 1932 tudo mudou. A seca chegou e a estiagem trouxe consigo uma senhora com anos de experiência, a Fome. E nessa hora não outro a recorrer se a Deus, esse é o único que pode operar milagres e é nele que os sertanejos se fiam para pedir a fonte da vida: a água. Através de procissões e da ajuda de São José para que tenham como plantar e o que beber.

Eunice vivia atormenta com a velha, mulher do chapelão que aparecia para si e sempre a fazia chorar. Enquanto isso em Fortaleza na capital do Ceará, as famílias ricas se divertiam no animado baile de carnaval. Marly, a moça mais linda, era a mais cotada para ganhar o baile das esmeraldas e se tornar a fada esmeralda. O anúncio de sua vitória foi feito, porém depois se soube que não havia sido ela quem ganhou. Em compensação encontrou o amor de sua vida, um soldado, contudo, o romance não deu certo e ela se tornou a Dama de Ferro.

Aparentemente, a arrecadação do baile era para ajudar os flagelados do sertão, mas o intuito é que eles não viessem à capital, pois trariam consigo muitas doenças.

Da estação do sertão, enfim parte o trem que segue seu caminho costurando a via cruzes da seca.
1° estação: 1932
2° estação: caminho marcado a ferro.

E o trem segue seu destino, mas Dora, irmã de Eunice, não chega a estação final. Entretanto, os que chegam são levados ao campo de concentração do urubu, onde trabalha o amor de Marly. Essa envia muitas cartas românticas, porém não obtém resposta. Contudo, Vladimir fala a Eunice de sua fada esmeralda. A mesma trazia no pescoço uma baladeira como signo da sua infância que agora é trocado pelo cordão da fada esmeralda que Vladimir lhe dá.

Os anos passaram e a Mulher de Ferro tornou-se senhora de si e dona de um ímpeto invejável. Tinha o dinheiro como seu deus e por isso pensava que tudo poderia acontecer a sua maneira. Marly diz que o prefeito tem q trabalhar, pois ela precisa terminar o shopping que lhe trará muito lucro, mas para isso é necessário derrubar as casas que estão no meio do seu caminho, no entanto, isso pode virar notícia sensacionalista. Entretanto, a imprensa deveria cuidar dos marginais que podem roubar as senhoras que vão ao shopping fazer compras.

3° parada: o descarrilar

Eunice se recusa a vender a própria casa e isso atrapalha os planos de Marly. Prefere morrer a ceder aos caprichos de uma louca. Porém Marly não se dá por vencida e a disputa entre o bem e o mal, a riqueza e a pobreza, o poder e a vontade é que vão determinar que vence essa guerra, se é que há vencedores em uma guerra.

Por que tratores não constroem, derrubam.
Quem toma decisões é a justiça.
Na morte o pobre tem quem chore por ele, e o rico?
Depois de todo sofrimento que sinais vocês ainda estão esperando?

Querer vencer já é ter percorrido a metade do caminho...

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