domingo

CAPÍTULO 30: CASO HAPVIDA

Em fevereiro de 2014, minha irmã inventou de fazer um plano de saúde para nós duas. No início, achei que não era necessário, porém quando descobri que poderia fazer a cirurgia bariátrica, percebi que essa foi a melhor coisa que ela poderia ter feito. Então em agosto de 2016, operei-me e renasci. Agora era dá continuidade ao tratamento e esperar o tempo de 24 meses para começar a fazer as reparadoras.


 No dia 17 de agosto de 2017, fui a administração do Hapvida para cancelar o plano odontológico de um funcionário, visto que meu plano é empresa, na qual eu sou a empresa, apenas eu mexo e remexo no que for preciso e necessário para o funcionamento do plano e da empresa.  Todavia, no dia 1° de outubro do corrente ano, recebi três e-mails onde dizia que todas as minhas consultas marcadas estavam canceladas, o mesmo pedia para que eu entrasse em contato. Então no dia 3 liguei, e pra minha surpresa descobri que meu plano havia sido cancelado e o mais surpreendente foi-me dito pela atendente: eu que havia cancelado. Chamei todos de idiota, porque eu não havia feito isso. Só se eu fosse mais idiota ainda. Deixo de comer, mas não deixo de pagar o plano, imagina cancelar? Isso não existe.






A primeira ligação foi as 13:13h do dia 3/10/2017. Daí para frente, entrei pela noite fazendo ligações. Pois o que me afirmaram foi que como o plano havia sido cancelado não tinha como reavê-lo , agora eu precisava procurar uma pessoa que vendesse plano para não perder a carência, pois só o que me preocupava nesse momento, era não perder a carência das reparadoras.

Será que em sã consciência, faltando apenas 11 meses pra dá entrada eu iria cancelar o plano e buscar outro para esperar mais 24 meses? Nem louca não é?

Entrei em contato com várias revendedoras e cheguei a seguinte conclusão: o Hapvida cancelou meu plano porque eu sou uma paciente cara. Eram 4 pessoas no plano odontológico e dois no plano saúde. Eu cancelei uma dos odontológico e cancelaram o meu do saúde. O outro saúde é da minha irmã. Ela é daquelas que faz um exame por ano e acabou. Enquanto eu, depois que dei início ao tratamento para operar passei a ter muitas consultas e exames. A cirurgia deduzindo um valor mínimo está por volta de R$ 17mil. Sem mencionar as reparadoras que darei entrada em agosto de 2018. Sendo que o valor que pago é de R$ 155,90. Se colocarmos esse valor desde o primeiro pagamento, que não é porque tem reajuste todo ano, contando até setembro, mês em que cancelaram meu plano, teremos 44 meses e um  valor total que chega há R$ 6.859,60. E se colocar o mesmo valor até agosto de 2018, sem o reajuste que virá no próximo ano, o número de meses passa a ser 55 e o valor total pago por mim ao Hapvida será de R$ 8.574,50.

Esse valor não paga nem os exames e consultas que eu fiz quem dirá as cirurgias. Entretanto quando fiz o plano adquiri direitos e deveres. Cumpro todos os meus deveres que é pagar em dias. Para não dizer que nunca atrasei, atraso dias e a única vez que atrasei um mês foi agora em julho de 2017, mas em agosto paguei tudo. Porque estou abordando isso? porque falando com uma advogada, ela levantou essa hipótese, mas se esse fosse o real motivo teriam cancelado o plano inteiro e não só o meu, visto que a fatura é única para empresa inteira. Outra coisa, o que eles perdem comigo ganham com pacientes iguais a minha irmã que existe aos montes.


No dia 4/10/2017 antes das 8h, eu já estava na administração do Hapvida para resolver pessoalmente o problema. Lá recebi a mesma negativa: seu plano não pode ser reativado.

Sai de lá e fui direito ao Decon. Chegando lá fui orientada a pedir a moça da recepção que fizesse uma ligação para o Hapvida. Dessa ligação resultou no meu retorno e uma conversa com a Luana, que se apresentou sendo do setor jurídico, a quem eu expliquei meu caso e a mesma ficou de ver o que poderia fazer por mim e disse ir eu retornasse no próximo dia 13.

Tornei a casa e ao chegar fiz uma reclamação na ANS. Na semana seguinte dei entrada no Decon, pois na primeira vez tinha ido apenas me informar como deveria proceder.  E como Deus é justo, o Mardônio, amigo de minha amiga me deu uma dica valiosíssima: que eu fosse a mediação da UniChristus. Assim eu fiz. Dirigi-me até lá e foi marcado o dia de eu retornar com toda a documentação. A moça disse que eu era a última desse semestre e na mesma hora agradeci a Deus.

Na semana seguinte voltei lá e dei entrada. Saí de lá mais que confiante, já com a certeza de ter meu plano de volta.

A justiça foi feita no dia 19/10/2017, meu plano foi reabilitado.



Só grata a todos que me ajudaram. Não foram poucos pessoas que se sensibilizaram com o meu problema. Ah Deus que me deu força para correr atrás. Porque aprendi que sempre temos que ver o lado bom de tudo. Nesse caso foi minha disposição de lutar por aquilo que eu acreditava.

Fui indagada se recebi os danos morais. “Não”. O que eu queria foi me dado de volta. Meu plano do mesmo jeito que era. E a certeza de que nada certo deve ficar impune. Sou uma pessoa que sempre busquei fazer tudo certo, mesmo quando pensava errado. Então acredito que o certo se houver de ter recompensas deve ser o certo também. Nunca desejei mais do preciso, mas preciso de tudo que tenho e meu plano é umas das coisas mais importantes da minha vida. Como sofri nesses 19 dias sem plano. O medo de sentir algo, de passar mal e não ter para onde me levar. Nem comer direito estava comendo, mas foi só ter acesso outra vez o plano e me estabaquei no chão. Resultado: voltar ao plano com força total. Preciso dos meus médicos e das minhas idas ao médico. Já faz parte da minha personalidade.


Vitória da verdade sobre a mentira.

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