quinta-feira

CAPÍTULO 28: TEATRO: 10º CABARET DE PALHAÇO: A PARADA

Quando enfim estava me acostumando com a palhaçaria eis que o módulo chegou ao fim.

A 30º turma do Cita (Cia Teatral Acontece) tem cinco sobreviventes, mas no módulo de palhaçaria juntaram-se a nós várias pessoas que nos encantou e trouxe uma carga nova positiva de energia. A diferença esteve no modo em que recebemos as aulas. A turma em si, não se adaptou muito bem, houve algumas desistências, mas os que se juntaram a nós trouxeram consigo um amor que nunca tinha visto antes.

As aulas foram se passando e nada de eu me encontrar, então sempre expunha aos colegas que tudo era diferente dos módulos anteriores, porque ser palhaço, pelo menos a meu ver, é ser você mesmo, um ser cheio de defeitos, com problemas e acima de tudo, ter que assumir isso em cena, porque palhaço não representa palhaço é o próprio indivíduo se mostrando como verdadeiramente é.

Eu ainda sou daquelas que preciso ver as coisas fazer sentido, e o palhaço quebra essa perspectiva. E aí o que fazer? Era hora de montar um esquete para apresentar o 10º Cabaret de Palhaço.

A ideia escolhida foi uma cena passada na parada do ônibus, aonde vinha um vendedor e depois de uma expressão corriqueira, como num passe de mágica o cenário mudou. No início, o esquete findava nessa mudança de seres humanos a galinhas. Como aceitar algo ilógico. Daí pensamos e encontramos um final adequado, mas uma mudança de cenário e ao final pegamos um ônibus e fomos embora.

Enfim, não posso afirmar que já me encontrei, mas desisti, jamais. Farei outros cursos e buscarei aprender mais. Amo aprender coisas novas, mesmo tendo preguiça para tanto. O importante é não permitir que ela me domine.

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