Temos que encarar o corpo como um conjunto unitário de
movimentos e desempenhos físicos e mentais. Nesses termos, a oficina “O Corpo do Ator no Teatro Moderno e
Contemporâneo” veio ressaltar muito
bem essas funções. Dividida em três aulas, o professor Márcio Rodrigues nos ensinou
a importância do corpo vivo em cena e do equilíbrio da mente na representação
do ator.
No primeiro dia, tivemos a expressão do íntimo e as várias posturas assumidas pelo corpo. De início, foram mencionados os ombros, que devem ser flexíveis como os são no nosso cotidiano. Os ombros falam muito do ser, ombros imóveis não passa a emoção necessária ao público.
Em seguida, outras instruções
foram passadas para que haja um melhor desenvolvimento não só em cena, contudo,
em momentos que acharmos necessário.
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Ensinar
é o único caminho para aprender, pois apenas proferir comandos não faz com que a pessoa pense por si só e no momento em que o professor não estiver disponível, a
ação não vinga.
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A
jornada interna começa, por assim dizer, na flexibilidade que devemos impor ao corpo. Um bom exemplo disso é manter os joelhos
maleáveis.
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Tensão
dramática entre os atores é o conflito essencial dentro do teatro, isso torna necessário o olhar no olho, a selfie feita para dentro, desmontar a relação com o espaço através de uma
sintonia de paciência, agir e reagir quando necessário.
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Dica
fundamental é explorar os planos alto, médio e baixo para que a performance
saia como desejado.
Fotos de vários lugares e pessoas fazendo diferentes gestos
foram mostradas para que capitássemos a essência e por fim, reproduzíssemos dando nosso toque pessoal.
Outra parte
fundamental do nosso corpo é a coluna. Ela nos
permite fazer todos os
movimentos necessários para a elaboração de um
personagem, de um espetáculo de dança ou simplesmente na locomoção diária. Para obtermos um melhor desempenho, comparamos
o nosso corpo a elementos
como:
cola bastão,
amoeba e
massinha de modelar. Assim,
pensamos em que tipo de textura poderia ser utilizado. Junto a esses elementos,
utilizamos, também, a
mudança de cores como reação da nossa personalidade. Por exemplo, para uns o preto tem características fúnebres, todavia, para
outros podem representar sentimentos de alegria, pois quem determina o sentimento de cada cor e a pessoa que a
produz.
E por fim, no terceiro dia, de longa conversa, foi trabalhado o psicológico do ser. Nada é feito com o corpo se a mente não trabalhar junta. Devemos
buscar em nossas memórias elementos para interpretar, pois ela vai buscar nas
imagens já vistas, nas palavras ditas e ouvidas para compor o que está se querendo
no momento. Dai, temos que ter domínio sobre nós para não permitir
que em hipótese alguma outro
tome
de conta de nossas vidas, seja no campo pessoal ou profissional. Se não fica difícil saber o que fazer, como fazer e a hora de fazer. Pensamentos como: Não vai dá certo, você não pode, não consegue devem ser excluídas de nossas
mentes.
Voz, gestos, malemolência, pensamento, flexibilidade dentre outros elementos, fazem parte do corpo e deve caminhar unido para uma melhor
apresentação, contudo, para que esse conjunto funcione como
esperado, é necessário que o projeto comece internamente. Buscar e acreditar são palavras de ordem para quem está aberto a desafios e quer se manter não só no mundo das artes, mas na convivência com o outro nas várias etapas da vida.
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