Dos milhares de pensamentos que vieram a minha
cabeça depois que acordei do meu coma profundo, foi: como pude me afastar das
pessoas que amo, para da atenção a quem nunca mereceu. O arrependimento me
consumiu. Mas Deus é tão generoso, que permitiu e permite, todos os dias, que eu
recupere esse tempo perdido.
Antes eu sonhava por não ter uma vida real. Hoje,
sonho a partir da realidade que me cerca. Ainda não sei o que quero direito, eu
sei que comer é uma das coisas que não quero mais. O resto eu vou descobrindo. Ainda
estou muito confusa. A cada minuto quero algo diferente. Tudo ainda me desespera,
é motivo para chorar. Deve ser porque por muito tempo fui uma pedra fria de mármore,
sem sentimentos e agora, não estou sabendo como lhe dá com tudo isso.
Conclui que minha vida pode ser dividida em partes:
A primeira foi até os 13 anos – criança, sempre me dei bem com as pessoas,
gostava de conversar e de brincar.
A adolescência não vivi plenamente, eu era
diferente, eu era obesa. Não tinha namorado. Até cheguei a me interessar por alguém,
mas não fui correspondida. Então, fechei-me para tudo e todos e isso durou até
o período em que meu pai se operou, julho de 2015.
De agosto de 2015 até novembro de 2016, foi à fase
dos sonhos. Onde os espíritos obsessores tomaram conta de mim, mas o erro foi
meu. Foi o período em que mais me senti só, fiquei reclusa dentro de casa, precisava
de companhia.
E agora, a passagem para 2017, chamo de Fênix,
renascida das próprias cinzas. A melhor fase da minha vida. Não começou muito
bem, mas tenho fé que vai ficar. Sabe qual é o melhor? É que não importa as
besteiras que eu fale, pense ou peça a Deus, só acontecerá o que Ele demandar. E
sempre que me desespero, tenho dúvidas, Deus manda um sinal para dizer que tudo
ficará bem, só basta que os entenda e acredite que todos os dias são um
aprendizado. E que adoecer mentalmente é uma escolha e eu escolhi vida plenamente
bem.
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